Dois rios imensos, dois romances na FLIM

O Amazonas inspirou André Gardel, escritor gaúcho radicado no Rio de Janeiro, a empreender uma fascinante “viagem” literária, que começa na Grécia mitológica da Odisseia de Homero e atravessa a floresta amazônica, com suas próprias mitologias, suas gentes de múltiplas cores e etnias, suas maravilhas e seus conflitos de ontem  e de hoje.  A viagem de Ulisses pelo rio Amazonas é um livro repleto de loucas aventuras, como convém a toda narrativa épica. Gardel, que também é professor de Letras e de Artes Cênicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), vai nos brindar com uma palestra sobre a Amazônia mítica e a Amazônia real, esta que aparece nos noticiários quase todos os dias.

Já o rio Doce – ou melhor, uma velha fazenda encravada em seu vale – inspirou a mineira Geny Vilas-Novas, que nos traz o seu Todo dia é domingo, uma narrativa recheada de memórias da vida no interior. Nela as aventuras estão confinadas a uma casa e seu quintal, mas nem por isso são menos aventurosas. Escrito muitos anos antes da publicação, o romance de Geny conta com um prefácio assinado pelo crítico Antônio Olinto, falecido em 2009.  “Geny Vilas-Novas nos devolve um Brasil que era nosso e não sabíamos, num retrato do interior que se mostra por inteiro”, diz Olinto. Para o leitor é também uma viagem: a um interior geográfico e ao interior dos humanos que o habitam.

Anote aí: Sábado 18 h, no Tendão Cultural – Palestra de André Gardel, com lançamento do livro A viagem de Ulisses pelo rio Amazonas. Domingo 11h às 12h, na Tenda Literarte 2 – Bate-papo com Geny Vilas-Novas, seguido de lançamento do livro Todo dia é domingo.

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