Os poemas revelam um homem que luta para se encontrar, luta com o eu, luta com o tempo e com a própria poesia, pois oscila entre o louvor ao silêncio e a necessidade de se expressar em palavras. "Abri-me ao silêncio/e o silêncio fecundou-me", diz ele num poema. Mas completa: "e pari num sopro/um espanto, um encanto:(...) O encantamento que dava/vida às palavras".
O poeta pede, sem pudor,
embora humildemente,
ao poeta de si que o lê, o leitor,
tão prezado e paciente,
que lhe perdoe o louvor
à rima inconsequente.
Ou no esperto Desgramatical:
Tu, que embaralhais minhas regências,
ó vós, que anarquizas minha linguagem
e minha pretensa sanidade,
você, convergência de tudo quanto digo
giratoriamente, como louco,
em direções divergentes,
nem liga pra eu...
Sábado 26 de agosto
15h30 às 17h
(30) Poesia e os Direitos do Homem – Bate-papo comemorativo do 228o aniversário da Declaração dos Direitos do Homem. Compartilhamento de textos do público com os poetas Thássio G. Ferreira e Ronaldo Junior, seguido de autógrafos dos livros (Des)nu(do) e O verso sou eu. Mediação de Valéria Martins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário