Uma das atrações mais aguardadas da FLIM 2017 é o debate em torno das relações entre a política, a história e a literatura. Será a literatura importante para entendermos momentos históricos do país? O tratamento de temas políticos ou o pensamento político do escritor podem interferir na qualidade literária de uma obra de ficção? E nos livros de não ficção, as posições políticas do autor interferem na credibilidade dos fatos relatados?
São algumas das perguntas que poderemos fazer ao romancista Carlos Jurandir, autor de Agora é Cinza, e à jornalista Iza Salles, autora de Um cadáver ao sol, na mesa-redonda que vai acontecer no sábado 26 às 14 horas, no auditório da Câmara.
O romance de Jurandir revisita as lutas políticas no Brasil dos anos 60/70, pelo olhar de um jovem repórter que a tudo observa, tentando não se envolver diretamente. Já o livro de Iza Salles volta mais longe no tempo, até a década de 1920, para relatar, em linguagem jornalística, a dramática história real de um jovem e idealista operário de Niterói, Antonio Bernardo Canellas. Ele adere ao então recém-criado Partido Comunista Brasileiro e logo entra em conflito com os líderes partidários no Brasil e em Moscou. Ambos os livros aguardam uma segunda edição. O de Jurandir pode ser encomendado pelo tel. (21) 98731-1015. O de Iza está esgotado. O que torna o debate ainda mais imperdível.
O encontro será mediado pelo historiador Marcelo Abreu, professor no município de Conceição de Macabu e autor de várias obras sobre a história local, incluindo uma sobre a passagem do naturalista inglês Charles Darwin pela região, antes da publicação de "A origem das espécies".
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
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Projeto gráfico: AndersonGrafus
Foto da Pedra Dubois: Leandro Almeida
Esse debate promete, tendo em vista o calibre de profissionais como Carlos Jurandir e Iza Salles.
ResponderExcluirCom certeza, Marco Cardona. Os dois livros são ótimos e dão muito assunto para debate.
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