quarta-feira, 24 de abril de 2019

Os livros de Nélida


A homenageada da FLIM 2019 estreou na literatura em 1961, aos 24 anos, com o romance Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo, cujos temas são o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.  Desde então publicou mais oito romances, três livros de memórias, quatro de contos, um de crônicas, quatro de ensaios, dois de discursos e fragmentos e um infanto-juvenil.  A qualidade de sua obra lhe valeu inúmeros prêmios no Brasil e no exterior e a eleição, em 1989, para a Academia Brasileira de Letras, da qual foi a primeira mulher presidente (1996-1997). 

O romance A República dos Sonhos, de 1984, é considerado por muitos críticos a sua obra-prima. Conta a saga da família do imigrante galego Madruga, que se instala no Rio de Janeiro em 1913 disposto a fazer fortuna. O livro perpassa boa parte da história do Brasil no século 20, ao mesmo tempo em que conta as aventuras e desventuras de Madruga, seus filhos e netos. 
No romance Fundador, publicado em 1969, Nélida Piñon põe em cena personagens históricos e ficcionais. Em A Casa da Paixão, de 1972, o tema é o desejo e a iniciação sexual.  Já A Doce Canção de Caetana, de 1987, é um romance de denúncia política. A ação se passa numa cidade do interior, Trindade, na época do chamado “milagre econômico brasileiro”.




O livro infantil: Viagens na imaginação
O único livro infantil de Nélida Piñon é A Roda do Vento, de 1996. Nele, a autora convida seus jovens leitores a alargarem sua visão de mundo através de um mergulho na fantasia.  A ação se passa na mais do que tranquila cidade de Catavento, onde nada de empolgante acontece. É aí que três irmãos – Tarzan, Beijinho e Baguinho - decidem construir um barco para sair navegando em busca do lugar onde nasce o vento. E batizam seu barco imaginário com o nome de Gênia, a tia que, com sua arte da narrativa, sempre os conduz ao mundo da imaginação.


Bibliografia completa

Uma furtiva lágrima (memórias). Rio de Janeiro: Temas e Debates, 2019.
● Filhos da América (ensaios). Rio de Janeiro: Record, 2016.
As matrizes do fabulário íbero-americano (ensaios) (Coord.). São Paulo: Edusp, 2016.
● Livro das Horas (memórias). Rio de Janeiro: Record, 2014.
Coração Andarilho (memórias). Rio de Janeiro: Record, 2009.
Aprendiz de Homero (ensaios). Rio de Janeiro: Record, 2008
Vozes do Deserto (romance). Rio de Janeiro: Record, 2004.
O Presumível Coração da América (discursos). Rio de Janeiro: ABL/Topbooks, 2002.
 Cortejo do Divino e outros Contos Escolhidos (contos). Porto Alegre: L&PM Pocket, 1999.
Até Amanhã, Outra Vez (crônicas). Rio de Janeiro: Record, 1999.
A Roda do Vento (infantojuvenil). São Paulo: Ática, 1996.
O Pão de Cada Dia (fragmentos). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
A Doce Canção de Caetana (romance). Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1987.
A República dos Sonhos (romance). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984; Edição revista, Rio de Janeiro: Record, 1998. Edição comemorativa: Rio de Janeiro: Record, 2014.
O Calor das Coisas (contos). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1980. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
A Força do Destino (romance). Rio de Janeiro: Editora Record, 1977. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
Tebas do Meu Coração (romance). Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
Sala de Armas (contos). Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1973. Edição revista, Rio de Janeiro, Record, 1998.
A Casa da Paixão (romance). Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1972. Edição revista, Rio de Janeiro, Record, 1998.
Fundador (romance). Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1969. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
Tempo das Frutas (contos). Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1966. Edição revista, Rio de Janeiro: Record, 1998.
Madeira Feita Cruz (romance). Rio de Janeiro: Edições GRD, 1963.
Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (romance). Rio de Janeiro: Edições GRD, 1961.

Publicado no exterior:
La Sedución de la Memoria (ensaios). México, 2006.

Veja também: Nélida Piñon, a homenageada da FLIM 2019
                        Elegância e ousadia, caviar e feijoada
                        Um pouco de Nélida por ela mesma
                        

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