A homenageada da FLIM 2019 estreou na literatura em 1961,
aos 24 anos, com o romance Guia-Mapa de
Gabriel Arcanjo, cujos temas são o pecado, o perdão e a relação dos mortais
com Deus. Desde então publicou mais oito romances, três livros de memórias, quatro de contos, um de crônicas, quatro de ensaios, dois de discursos e fragmentos e um infanto-juvenil. A qualidade de sua obra lhe valeu inúmeros prêmios
no Brasil e no exterior e a eleição, em 1989, para a Academia
Brasileira de Letras, da qual foi a primeira mulher presidente (1996-1997).
O romance A República
dos Sonhos, de 1984, é considerado por muitos críticos a sua obra-prima.
Conta a saga da família do imigrante galego Madruga, que se instala no Rio de
Janeiro em 1913 disposto a fazer fortuna. O livro perpassa boa parte da
história do Brasil no século 20, ao mesmo tempo em que conta as aventuras e
desventuras de Madruga, seus filhos e netos.
No romance Fundador, publicado em 1969, Nélida Piñon põe em cena personagens históricos e ficcionais. Em A Casa da Paixão, de 1972, o tema é o desejo e a iniciação sexual. Já A Doce Canção de Caetana, de 1987, é um romance de denúncia política. A ação se passa numa cidade do interior, Trindade, na época do chamado “milagre econômico brasileiro”.
O livro infantil: Viagens na imaginaçãoO único livro infantil de Nélida Piñon é A Roda do Vento, de 1996. Nele, a autora convida seus jovens leitores a alargarem sua visão de mundo através de um mergulho na fantasia. A ação se passa na mais do que tranquila cidade de Catavento, onde nada de empolgante acontece. É aí que três irmãos – Tarzan, Beijinho e Baguinho - decidem construir um barco para sair navegando em busca do lugar onde nasce o vento. E batizam seu barco imaginário com o nome de Gênia, a tia que, com sua arte da narrativa, sempre os conduz ao mundo da imaginação.
● Uma furtiva lágrima (memórias). Rio de Janeiro: Temas e Debates, 2019.
● Filhos da América (ensaios). Rio de Janeiro: Record, 2016.
● As matrizes do fabulário íbero-americano (ensaios) (Coord.).
São Paulo: Edusp, 2016.
● Livro das Horas (memórias). Rio de Janeiro: Record,
2014.
● Coração
Andarilho (memórias). Rio de Janeiro: Record, 2009.
● Aprendiz
de Homero (ensaios). Rio de Janeiro: Record, 2008
● Vozes
do Deserto (romance). Rio de Janeiro: Record, 2004.
● O
Presumível Coração da América (discursos). Rio
de Janeiro: ABL/Topbooks, 2002.
● Cortejo do Divino e outros Contos Escolhidos (contos). Porto Alegre: L&PM Pocket, 1999.
● Até
Amanhã, Outra Vez (crônicas). Rio de Janeiro: Record, 1999.
●
A Roda do Vento (infantojuvenil). São
Paulo: Ática, 1996.
●
O Pão de Cada Dia (fragmentos). Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
● A
Doce Canção de Caetana (romance). Rio de Janeiro:
Editora Guanabara, 1987.
● A República dos Sonhos (romance).
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984; Edição revista, Rio de Janeiro: Record,
1998. Edição comemorativa: Rio de Janeiro: Record, 2014.
● O
Calor das Coisas (contos). Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 1980. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
●
A Força do Destino (romance). Rio de Janeiro:
Editora Record, 1977. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
●
Tebas do Meu Coração (romance). Rio de Janeiro:
José Olympio, 1974. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
●
Sala de Armas (contos). Rio de Janeiro: José Olympio
Editora, 1973. Edição revista, Rio de Janeiro, Record, 1998.
● A
Casa da Paixão (romance). Rio de Janeiro: Editora Sabiá,
1972. Edição revista, Rio de Janeiro, Record, 1998.
● Fundador (romance). Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1969. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
● Fundador (romance). Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1969. Edição revista: Rio de Janeiro: Record, 1998.
● Tempo
das Frutas (contos). Rio de Janeiro: José Álvaro Editor,
1966. Edição revista, Rio de Janeiro: Record, 1998.
● Madeira
Feita Cruz (romance). Rio de Janeiro: Edições GRD, 1963.
● Guia-mapa
de Gabriel Arcanjo (romance).
Rio de Janeiro: Edições GRD, 1961.
Publicado
no exterior:
La
Sedución de la Memoria (ensaios). México, 2006.
Veja também: Nélida Piñon, a homenageada da FLIM 2019
Elegância e ousadia, caviar e feijoada
Um pouco de Nélida por ela mesma
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